· O
que é psicose?
As
psicoses são caracterizadas por uma ou mais das seguintes manifestações: perda
de encadeamento lógico do pensamento, incapacidade de julgamento, percepção
incorreta da realidade, alucinações, ilusões, excitação extrema, e
comportamento violento.
· Tipos
de Psicose
I) Esquizofrenia
II)
Distúrbios
afetivos: depressão e mania
III) Psicoses orgânicas :causadas por traumatismo, alcoolismo, etc.
· O
que é Neurose?
Neurose: São menos graves, não há perda da capacidade de compreender a
realidade, embora o paciente possa sofrer extremamente.
· Mas afinal...O que é Esquizofrenia??
A esquizofrenia é um transtorno do processo
mental caracterizado por um ou mais episódios de psicose (comprometimento do
sentido da realidade). Atualmente, uma das hipóteses mais aceitas como sendo
relacionadas na patogenia da esquizofrenia fala de uma combinação de
hiperfunção da dopamina e hipofunção dos glutamatos no sistema neuronal,
juntamente com um envolvimento pouco esclarecido dos receptores da serotonina (5HT2)
e um balanço entre esses receptores com os receptores dopamínicos (D2). Os
pacientes podem manifestar transtornos da percepção, pensamento, fala, emoção
e/ou atividade física. Os sintomas esquizofrênicos são divididos em duas amplas
categorias.
- Obs: A dopamina é um neurotransmissor
encontrado em vesículas dentro dos neurônios, próximas à sinapse
(vesículas sinápticas). Sua função é estimulante e está relacionada ao
controle dos movimentos e à sensação de prazer. Baixos níveis deste
neurotransmissor têm sido associados à doença de Parkinson. A “teoria
da dopamina”, apesar de ser controversa, prevê que há uma hiperatividade
da dopamina no cérebro dos pacientes esquizofrênicos.
- Obs: O glutamato
é um tipo de neurotransmissor. Um aminoácido simples, e age como principal
neurotransmissor excitatório no SNC. Ele desempenha um papel importante na
transmissão rápida (isto é, resposta rápida ao estímulo), cognição,
memória, movimento e sensação.
Os sintomas positivos envolvem o desenvolvimento de funções anormais; esses sintomas incluem: Delírios (crenças distorcidas ou falsas e interpretação incorreta das percepções), alucinações (percepções anormais, particularmente auditivas), discurso desorganizado e comportamento catatônico
Os sintomas
negativos são os menos “ativos”, mas que afetam as relações
sociais, pois são os resultado da perda ou diminuição das capacidades mentais,
acompanhando a evolução da doença ou seja, envolvem a redução ou perda das
funções normais; esses sintomas incluem:
· Alogia (diminuição
da fluência da fala)
· Dificuldade
de relacionamento
· Retraimento
social apático
· Dificuldade
de pensamento abstrato
· Pobreza
afetiva-expressão
· Passividade
· Classes
e agentes farmacológicos
Embora
a base biológica da esquizofrenia permaneça controvertida, diversos fármacos
mostram-se efetivos no tratamento da doença. Quando bem-sucedidos, esses
medicamentos podem levar a uma remissão da psicose e permitir a integração do
paciente na sociedade. Entretanto, apenas raramente é que os pacientes retornam
totalmente a seu estado pré-mórbido. Os fármacos utilizados no manejo da
psicose são freqüentemente denominados neurolépticos ou antipsicóticos.
Os antipsicóticos podem ainda ser divididos
em antipsicóticos típicos, isto é, fármacos mais antigos com ações proeminentes
no receptor D2, e antipsicóticos atípicos, que constituem uma geração mais nova
de fármacos com antagonismo D2 menos proeminente e, conseqüentemente, com menos
efeitos extrapiramidais.
· Obs: Efeitos extrapiramidais são estados neurológicos normalmente produzidos pela Doença de Parkinson ou, mais comumente, como efeito colateral dos neurolépticos ou antipsicóticos; substâncias usadas no tratamento da esquizofrenia e outras psicoses.
· Um pouco mais sobre os antipsicóticos típicos e atípicos...
· Histórico dos Antipsicóticos
Típicos
São drogas utilizadas no tratamento dos transtornos psicóticos onde se incluem: a esquizofrenia, transtorno psicótico induzido por drogas (anfetaminas, cocaína, levodopa, apomorfina e bromocriptina), distúrbio afetivo bipolar (síndrome maníaco-depressiva), transtornos cognitivos, mal de Alzheimer, etc. Antes de 1952,tudo que se podia fazer era “dopar” e acalmar os pacientes agitados e violentos.
A história dos agentes antipsicóticos típicos remonta à aprovação da clorpromazina, em 1954, com base em observações de sua eficiência na esquizofrenia, porém com pouca compreensão do mecanismo de ação. Na década de 1960, quando o papel da dopamina no cérebro ficou mais esclarecido, a capacidade desses fármacos de bloquear a neurotransmissão dopaminérgica no SNC foi elucidada pela primeira vez.
Se não fosse os antipsicóticos os hospitais psiquiátricos teriam cerca de 10 vezes mais pacientes em tratamento, mas infelizmente os antipsicóticos não fazem mais que aliviar a intensidade dos sintomas esquizofrênicos, sendo incapazes de curar.
São drogas utilizadas no tratamento dos transtornos psicóticos onde se incluem: a esquizofrenia, transtorno psicótico induzido por drogas (anfetaminas, cocaína, levodopa, apomorfina e bromocriptina), distúrbio afetivo bipolar (síndrome maníaco-depressiva), transtornos cognitivos, mal de Alzheimer, etc. Antes de 1952,tudo que se podia fazer era “dopar” e acalmar os pacientes agitados e violentos.
A história dos agentes antipsicóticos típicos remonta à aprovação da clorpromazina, em 1954, com base em observações de sua eficiência na esquizofrenia, porém com pouca compreensão do mecanismo de ação. Na década de 1960, quando o papel da dopamina no cérebro ficou mais esclarecido, a capacidade desses fármacos de bloquear a neurotransmissão dopaminérgica no SNC foi elucidada pela primeira vez.
Se não fosse os antipsicóticos os hospitais psiquiátricos teriam cerca de 10 vezes mais pacientes em tratamento, mas infelizmente os antipsicóticos não fazem mais que aliviar a intensidade dos sintomas esquizofrênicos, sendo incapazes de curar.
· Fármacos
antipsicóticos típicos
Os fármacos antipsicóticos são usados para o tratamento da esquizofrenia. Os principais fármacos antipsicóticos típicos (bloqueiam somente os receptores D2) são: Clorpromazina, Levomepromazina, Triflupromazina, Tioridazina, Flufenazina, Trifluoperazina, Perfenazina, Pipotiazina, Tiotixeno, Haloperidol, Droperidol e Triperidol. Dentre os antipsicóticos tradicionais, clorpromazina foi o representante fenotiazínico selecionado como referência pelo efeito mais sedativo, útil no surto psicótico, e haloperidol para tratamento de manutenção. A causa da esquizofrenia continua indefinida, porém envolve uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Os
sintomas positivos da esquizofrenia (delírios e distúrbios do pensamento) são
mais passíveis de responder à terapia com antipsicóticos típicos. Já os
sintomas negativos (isolamento social e diminuição das respostas emocionais) respondem
mais favoravelmente às drogas antipsicóticas atípicas.
Diante
dessas informações, serão explorados os fármacos principais para o tratamento
da esquizofrenia. Como referência de tratamento tradicional, será abordado
sobre o medicamento clorpromazina e em
relação ao tratamento atípico, o medicamento aripiprazol.
· Clorpromazina
A clorpromazina foi o primeiro medicamento que se revelou eficaz em
reduzir ou eliminar sintomas psicóticos
ainda no início da década de 50, provocando o que veio a ser considerada por
muitos uma revolução no tratamento de
doentes mentais. Desde então, sua eficácia foi comprovada no tratamento de sintomas psicóticos que ocorrem
em vários transtornos como esquizofrenia, psicoses breves, mania aguda (com sintomas psicóticos),
depressão grave, transtorno esquizoafetivo,
transtorno delirante, agitação em pacientes com retardo mental e até
mesmo psicoses na infância.
A clorpromazina pertence ao grupo das
fenotiazinas alifáticas e é considerada um antipsicótico de baixa potência . É interessante lembrar que a
potência do antipsicótico correlaciona-se à dose necessária para o bloqueio D2
e não á eficácia clínica.
· Antipsicóticos
Atípicos
Os
denominados antipsicóticos atípicos possuem eficácia e perfis de efeitos
adversos que diferem daqueles dos antipsicóticos típicos. Os cinco principais
antipsicóticos atípicos são a clonazina, a olanzapina, a quetiapina, a
ziprasidona e a risperidona. Todos esses fármacos são mais efetivos do que os
antipsicóticos típicos no tratamento dos sintomas “negativos” da esquizofrenia.
Além disso, comparações diretas da risperidona com o haloperidol mostraram que
a risperidona é mais efetiva no combate dos sintomas positivos da esquizofrenia
e na prevenção de uma recidiva da fase ativa da doença.
Os antipsicóticos atípicos produzem
sintomas significativamente mais leves
do que os antipsicóticos típicos; em geral, esse efeito adverso só aparece
quando os fármacos
são administrados em altas doses.
· Aripiprazol
É uma droga da classe dos antipsicóticos atípicos. Os antipsicóticos são
a base para o tratamento medicamentoso da esquizofrenia. Os antipsicóticos
disponíveis para tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são os de
primeira geração, ou convencionais (clorpromazina, tioridazina e haloperidol).
O aripiprazol é tão efetivo para o tratamento da esquizofrenia refratária
quanto os medicamentos já incorporados ao SUS, devendo ser considerados apenas
em casos excepcionais de intolerância aos efeitos colaterais das drogas
fornecidas.
· Efeitos
Colaterais dos Antipsicóticos
Muitos dos efeitos adversos dos antipsicóticos são provavelmente mediados pela ligação desses fármacos aos receptores D2 nos núcleos da base e na hipófise.
· distúrbios
motores extrapiramidais
· distúrbios
endócrinos.
· síndrome
Parkinsoniptica, acatisia (inquietação incontrolável) e reações distônicas
agudas.
· movimentos
involuntários, tremor e rigidez
· aumento
da liberação de prolactina, com consequente amnorréia, galactorréia
· teste falso-positivo de gravidez, ginecomastia
· diminuição
da libido nos homens.
· A
sedação
· a
hipotensão
· aumento do peso corporal
· boca
seca
· Professor, fale-me mais sobre esses fármacos...
· Esses fármacos são
disponibilizados pelo SUS?
Os antipsicóticos disponíveis para tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são os de primeira geração, ou convencionais (clorpromazina, tioridazina e haloperidol).
· Os antipsicóticos atípicos são caros?
O aripiprazol é um exemplo de antipsicóticos atípico e não está incluído no Rol de Medicamentos do SUS e apresenta custo mensal aproximado de R$ 750 a R$1.000, dependendo da dosagem necessária.
· O Aripiprazol é efetivo e seguro para o tratamento da esquizofrenia resistente ao tratamento convencional?
A busca na literatura localizou evidências de revisão sistemática da Colaboração Cochrane, que encontrou estudo comparativo da droga a apenas outros dois antipsicóticos. A revisão observou que o aripiprazol é menos efetivo que a olazanpina e tem eficácia igual à risperidona, mas com melhor tolerabilidade em termos de efeitos colaterais.
Os antipsicóticos disponíveis para tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são os de primeira geração, ou convencionais (clorpromazina, tioridazina e haloperidol).
· Os antipsicóticos atípicos são caros?
O aripiprazol é um exemplo de antipsicóticos atípico e não está incluído no Rol de Medicamentos do SUS e apresenta custo mensal aproximado de R$ 750 a R$1.000, dependendo da dosagem necessária.
· O Aripiprazol é efetivo e seguro para o tratamento da esquizofrenia resistente ao tratamento convencional?
A busca na literatura localizou evidências de revisão sistemática da Colaboração Cochrane, que encontrou estudo comparativo da droga a apenas outros dois antipsicóticos. A revisão observou que o aripiprazol é menos efetivo que a olazanpina e tem eficácia igual à risperidona, mas com melhor tolerabilidade em termos de efeitos colaterais.
· Bibliografia
http://www.farmacam.com.br/monografias/clorpromazinafarmacam.PDF
http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerDicionario&idZDicionario=318
http://www.klickeducacao.com.br/bcoresp/bcoresp_mostra/0,6674,POR-853-2586,00.html
http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1447
http://www.unimeds.com.br/caju/capitulo_52.html
http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerDicionario&idZDicionario=318
http://www.klickeducacao.com.br/bcoresp/bcoresp_mostra/0,6674,POR-853-2586,00.html
http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1447
http://www.unimeds.com.br/caju/capitulo_52.html
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